quarta-feira, 9 de janeiro de 2008


LUNDU


sou um trapo humano que vagabundeia pelos cantos da cidade
gosto de praia, cinema e solidão
das árvores que me dão sombra
e dos pássaros que por lá passeiam
do lundu, silêncio noturmo e do behaviorismo das cores
sou terra como todos os vãos que ao luar pertencem
sou vôo, o que se dança, como o eterno vagão dos meus incontidos rascunhos intermitentes
assim vou pastando no tempo
nessa cidade de muito sol e do espírito das dunas que circula com o seu licor
os coqueiros que balançam a rede
e que me pescam ritos e rostos esquecidos
e chuvo
como um natalense que blinda letras semelhante as nuvens
uma baliza, gangorra de desmaios e horrores

Cgurgel

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