terça-feira, 1 de janeiro de 2008


um pouco do que me faz discípulo dessa enorme e intransponível chácara de caras e bocas. ventos e uivos. silêncios e algazarras. uma farra. com e como palavras. ápices de verbos que se locupletam de estandartes e naves. asfixias e correntes de ar. como temerosidade dos silêncios que guardamos durante anos. o salão onde nascem, vivem e morrem os segredos, os encantos, os desjos e os espantos de uma bruma de sóis e luas. termômetros. caipós e senzalas. aborígenes e lacaios. um um. vagões. ferrugens. e amores. uma lua. sinete. vapores de cabines que exalam fé e fermento. alumínio e verões. desaparecimento de um amor. tentativa de uma carta extraviada. insumos de sulcos que tateiam nossa irresponsabilidade cometida. luzes que se debatem no jardim onde vestes e ditaduras nos cercam. o limiar de um novo começo. a brancura de uma agonia e a esperteza do escuro dos nossos olhos. era tudo um filme. hoje somos bagaços e carmim.como no dia que avistamos inimigos e freiras. e a finitude das nossas línguas.

Cgurgel

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