quarta-feira, 9 de janeiro de 2008




P O E S I A P A R A T O D A P A R T E


A Capital Federal vai sediar a primeira de uma série de bienais de
poesia, integrada às atividades da 27ª Feira do Livro de Brasília.
A I Bienal Internacional de Poesia de Brasília (I BIP), que será
realizada de 3 a 7 de setembro de 2008, contará com a presença de poetas, críticos e editores internacionalmente reconhecidos e incluirá
na sua programação diversas atividades simultâneas, que vão de sessões
livres de recitais a conferências sobre poesia. O evento reunirá as
novas tendências da poesia contemporânea brasileira e internacional que escrita, falada, cantada, performática, digitalizada e visualizada vai tomar conta da Praça do Conjunto Cultural da República, do Museu Nacional,
da Biblioteca Nacional de Brasília e de muitos outros espaços da cidade.

QUAL O SEU LUGAR, POETA?

Um dos destaques da programação da I BIP será certamente o Simpósio de Crítica de Poesia que, coordenado pela poeta e professora Sylvia Cyntrão – do programa de pós-graduação do Departamento de Literaturas da Universidade de Brasília (UnB) –, vai propiciar, nos três dias de sua realização, uma ampla reflexão sobre qual o lugar do poeta e da poesia, hoje.
O propósito do Simpósio é atuar no contexto do Centro-Oeste e do País em geral. Para isso, especialistas convidados das cinco regiões vão participar da coordenação e nos debates de 12 Mesas Temáticas previstas, onde a poesia estará tramada com as vertentes: artes visuais; canção; cinema; gênero; mídias contemporâneas; narrativas; resgate da memória; teatro; tradução; recepção e ensino; tipologia do discurso; e antologias contemporâneas.
Um dos destaques da programação da I BIP será certamente o Simpósio de Crítica de Poesia que, coordenado pela poeta e professora Sylvia Cyntrão – do programa de pós-graduação do Departamento de Literaturas da Universidade de Brasília (UnB) –, vai propiciar, nos três dias de sua realização, uma ampla reflexão sobre qual o lugar do poeta e da poesia, hoje.


RECITAIS VOLTAM À CENA EM MARÇO

Fazer tributos a poetas com récitas e audição de poesia era um costume da Grécia Antiga que se manteve ao longo da história, mas hoje, sobretudo, essas reuniões vêm revigorando seu charme e atração junto ao público. Enquanto organiza a Casa, constrói seu acervo bibliográfico e prepara a I Bienal Internacional de Poesia de Brasília, a Biblioteca Nacional de Brasília vai pondo em prática o programa mensal Tributo ao Poeta. A partir de março deste ano serão retomadas as homenagens e os poetas já programados são: Anderson Braga Horta, Reynaldo Jardim e Ronaldo Costa Fernandes, além de Cecília Meireles e Jorge de Lima, entre outros.
No ano passado, foram celebrados Fernando Mendes Vianna, José Santiago Naud e Cassiano Nunes; Marly de Oliveira, João Cabral de Melo Neto, Joaquim Cardozo e José Godoy Garcia. O objetivo dos tributos é, além de formar platéias fruidoras de literatura e divulgar escritores e suas obras, ir desde logo incentivando o visitante a criar o hábito de incluir a BNB em seu roteiro cultural pela cidade – os recitais são realizados no auditório, 1º andar da Biblioteca.
O público que tem prestigiado os tributos é formado geralmente por professores, escritores, críticos literários, artistas, performáticos e, obviamente, escritores. Mas a direção da Biblioteca quer atrair os mais diversos profissionais para se afeiçoarem, refletirem, desfrutarem da boa poesia brasileira.
A produção de cada evento envolve a participação de vários escritores de prosa e verso, uma vez que um cuida da apresentação oral sobre o homenageado, enquanto outros organizam e desempenham o recital dramático de seus poemas seletos, com duração total de uma hora.
Faz também parte do projeto Tributo ao Poeta a edição de um livro com os poemas seletos dos autores homenageados, tanto para integrar o acervo da BNB, quanto para distribuição a instituições do Sistema de Bibliotecas Públicas, às universitárias e as da rede escolar do DF e de estados da Federação.
As Mesas Temáticas irão verificar as constâncias, as retomadas canônicas, as variações e os avanços da poesia brasileira sob o aspecto temático-estrutural. “A intenção é propiciar o contato com diferenciados olhares estéticos”, explica Sylvia Cyntrão, que promete ainda mais.
O Grupo de Pesquisa de Poesia Contemporânea, criado e coordenado por ela na pós-graduação da UnB, irá apresentar o recital Panorama Poético em 12 Tempos, com poemas e letras de canções contemporâneas, referenciando as Mesas Temáticas. O desafio a que se propõe o Grupo é o de identificar o perfil do escritor de poesia hoje – o que representa, quais os lugares e os entre-lugares de sua fala poética e como se manifesta esteticamente.

NO OLHO DO MUNDO

Brasília festejava a cerimônia de seus 20 anos de tombamento como patrimônio cultural da humanidade, no Museu Nacional, no último dia 7/12/07, quando se anunciou sua conquista do título de Capital Americana da Cultura de 2008. Conferido pela Organización Capital Americana de La Cultura (CAC), com a chancela da Organização dos Estados Americanos (OEA), o título levará a jovem capital brasileira a suceder a histórica cidade peruana de Cuzco como referência cultural das Américas, a partir de 1º de janeiro de 2008.
A homenagem chega em feliz momento, uma vez que somará luzes à realização da I Bienal Internacional de Poesia de Brasília (I BIP) – para a qual estão sendo convidados a participar poetas representantes de 72 países, além de outro tanto, de todos os cantos do Brasil continental. O reconhecimento internacional para a Brasília cultural vai propiciar a divulgação de suas imagens e atrações artísticas ao redor do mundo inteiro.
Nos Estados Unidos e na Europa, veiculação de filmes sobre a capital federal será competência dos canais de TV Discovery (EUA) e Antena 3 (Espanha). Em Atenas (Grécia), informações sobre a cidade estarão disponíveis ao público no Centro Internacional de Documentação de Capitais Culturais, a ser inaugurado em janeiro de 2008.

Nenhum comentário: