terça-feira, 8 de janeiro de 2008


BILL GATES ANTECIPA A PRÓXIMA "DÉCADA DIGITAL"



O presidente da Microsoft, Bill Gates, desempenhou o papel principal na maior feira mundial de tecnologia pela última vez e previu que o setor está à beira de uma nova "década digital."

Gates, que em julho pretende passar a um papel mais limitado na empresa que co-fundou em 1975 com seu amigo de infância Paul Allen, disse que a computação vai fazer cada vez mais parte da vida cotidiana das pessoas, por meio de aparelhos como televisores e celulares.

"Tudo estará conectado. Será automático. Os usuários não precisarão mais criar pontes entre os aparelhos e lembrar o que está onde", afirmou Gates, no domingo, durante a Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas.

"A tendência no setor é clara, toda a mídia e entretenimento serão digitais. A primeira década digital resultou em tremendo sucesso", afirmou.

Gates, entretanto, não tinha muito a exibir em termos de novos aparelhos.

"Parte disso tem a ver com o fato de que a Microsoft está cansada de anunciar novos produtos que não se materializam ou terminam surgindo em forma muito diferente daquilo que era alardeado", escreveu Michal Gartenberg, analista da Jupiter Research, em nota na Web.

"Ainda acredito que essa abordagem é positiva, mas um pouco mais de força não teria prejudicado", acrescentou.

Gates anunciou que este seria seu último discurso na CES -- ao menos em seu papel atual -- e exibiu um vídeo humorístico em que diversas pessoas famosas, como o diretor de cinema Steven Spielberg e a senadora Hillary Clinton, rejeitam seus pedidos de emprego.

No futuro, Robbie Bach, que comanda a divisão de aparelhos e entretenimento da Microsoft, responsável por produtos como o console de videogames Xbox 360 e o player de mídia Zune, fará o discurso como representante da empresa.

Em uma palestra repleta de piadas sobre ele mesmo e com um final estrelado pelo guitarrista de rock Slash, Gates previu que as pessoas interagiriam mais naturalmente com tecnologia por meio de métodos como o tato e a fala, na próxima década.

Essa é uma previsão que ele vem fazendo há anos, alardeando produtos como um computador operado por controle de toque, que não teve adoção rápida.

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