sábado, 12 de janeiro de 2008


A PRAIA


Daqui partiram rudes marinheiros,
para as grandes viagens e aventuras,
com suas mãos de mar, calosas, duras,
rasgando novos rumos e roteiros.

Aqui sonharam ternas criaturas
em noites de luar, sob os luzeiros
das cúmplices estrelas nas alturas
e a farfalhante brisa nos coqueiros.

A praia é testemunha da passagem
dos homens, pelos séculos, na viagem
para os distantes e invisíveis portos.

E o pé que hoje a palmilha é o mesmo pé
de antigos ancestrais, mortos na fé,
mortos no amor, onipresentes mortos.

DEÍFILO GURGEL Natal/Rn.

Nenhum comentário: