sexta-feira, 4 de janeiro de 2008


GÊNESE

No pensamento a rosa se desfolha
e a mão persegue o pássaro ferido
A tarde morre e sobre a verde folha,
o sol derrama um raio colorido.

Entre o afogado e noite a chuva molha
sem um lamento, o jovem perseguido
e a bailarina indiferente se olha,
no espelho verde, entre os corais, perdido.

O vento louco sobre as ondas geme
e a prostituta loura chora e treme
ante o impossível do mistério vago.

A lua foge pelos negros campos
e a ronda lírica dos pirilampos
passa e repassa sobre o velho lago.

DEÍFILO GURGEL

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