quarta-feira, 2 de janeiro de 2008




SOLIDÃO



Eu tenho medo da solidão
Ela me assusta, me deixa mudo
Com ela, eu não sei quem sou
Eu não escuto, eu fico surdo

Quando a solidão me atinge
Eu não consigo andar, eu não consigo falar
Ela me deixa cego, eu não consigo perceber
Em voce, o que me interessa, o que me faz seu par

E assim a vida fica como um nó cego
É como se fosse um caminho louco, sem eira
Pois eu só, sou sem sua companhia, eu não te pego
É como se eu pisasse em cima de uma fogueira

Eu só, me olho no espelho, e não me vejo
É como um lago com uma imagem que não reconheço
É como olhar para trás e procurar por um beijo
Vou voando, procuro a alma, um cheiro, o pedaço do preço

E quando fecho os meus olhos, eu me assusto
É como se fosse a solidão da solidão
Como se eu me tatuasse, me tocasse
Com o fim do mundo, a vida daquele cão.

Cgurgel

Um comentário:

Lady Vania de Tróia disse...

Poeta,

Mas On The é???amei...o blog tá lindo.As poesias estão insofismavelmente brilhantes...em cada palavra, cada rima, cada conotoção.

Celebro-te!!!Lêr-te é umprazer.

2008 de muita poesia em nosssas vidas.