sexta-feira, 4 de janeiro de 2008


TRANSITÓRIO MAR


Na vastidão do azul, colho mensagens
nas asas das gaivotas que invento
e os seus gritos de angústia, pelo vento,
ferem a solidão desta paisagem.

Eis o oceano. Humildemente, sento-me
à margem dessas águas e seu lento
fluir e refluir acorda a imagem
de outro mar, esquecido e sotavento.

O sol crepuscular espalha paz.
O mar se multiplica e se refaz,
nas ondas, nos sargaços e nos ventos.

Amanhã, outro mar, nascido deste,
embalará as naus vindas do Leste.
( Outro mar, outras naus, outro momento ).

DEÍFILO GURGEL

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