sexta-feira, 4 de janeiro de 2008



ESQUEÇA-ME

esqueça-me.
esqueça-me como um cheiro de ervas
um extrato de paixão ligeira, um sofá-colo.
esqueça-me como aquele que
escreve poemas nas pedras e
nas pedras colhe gloxíneas
e abandonos

esqueça-me ás 5:33

esqueça-me numa rosa de prata barata,
ou quando desejar que a semana voe,
que o pensamento voe
que nando reis cante sim e não

esqueça-me,
esqueça-me hoje que lua e
vênus suavizam atitudes.
hoje, que não mais me quer.
esqueça-me,
e guarde-me em seu esquecimento.

Luiz Edmundo Alves
M.G.

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