quinta-feira, 27 de dezembro de 2007


Por aqui uma calmaria desse espírito solar que arrasta corpos para o mar, ávidos por uma corrente de aérea vastidão.
Me nego, pode crer, a transpor com os meus medos, a voluptuosidade do que jamais pensei em acreditar: o olhar de quem me quer, é como uma lente que amplifica meu coração, e durmo.
É certo, que nem tudo que se diz, passa pelo crivo de uma verdade duradora. Já que me acostumei com abismos e derrames de versos. Mesmo que traga nas mãos o percurso, que só aos notívagos pertence.
Sinto a sua falta, como só uma canção eterna entende. Mesmo que o silêncio tão definitivo e contundente, me faça passar momentos de inexplicável mansidão.
Acho, ao meu ver, que o que me resta, é ver sempre as coisas como se fosse os olhos dos outros. Irrequietos e malabarísticos. Empíricos e operísticos.
Eu sei, que mais dia, menos dia, uma lágrima jorrará, pronunciando cem vezes o momento que não vivi.
Queira-me como antes. Sempre.
do seu
Cgurgel

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