sexta-feira, 17 de abril de 2009


MURMÚRIO

Nesse mundo que eu estou
encontro tudo que é possível sentir
a saudade de um filho que já me esqueceu
o meu carro tão velho e solidário
minhas poesias que não dormem

Naquela manhã que muito chove
eu guardo papeis amassados de sonhos
de tudo que me faz refletir sobre o medo de ser novamente criança
de uma voz que ressoa a vontade de um tesouro que voa
como caminho de uma vida repleta da força dos rios

A vida é tão somente uma flor que cresce
como uma esmola que se dá a um mendigo que se contorce
ou de uma infância que passa ao redor de uma lua que flana
de um ser tão intricado com seus estilos de pensar e refletir sobre o mundo
e de um trilho que vou encontrar como farol e moinho dos meus sonhos

Assim eu respiro
como um grande jardim onde alimento sonhos e raízes
como uma lembrança que se espalha pelo meus sentimentos e sonos
como tudo que se acaba e se renova ao meu redor
e de um perdão, um carinho que eu guardo para quem me quer

E como um leão que da minha alma acontece
que busca pelas calçadas, praias, praças e avenidas
o perfume de um olhar do amor que me aquece
tudo tão precioso como o tempo que da minha face voa
mesmo como assim deve ser para quem, a mim, nunca esquece.

Cgurgel

Um comentário:

Poeta Carlos Maia disse...

Doloroso este poema, meu amigo.
"Saudade de um filho que já me esqueceu"
Que Deus possa lhe consolar e trazê-lo de volta ao seu convívio.
Estarei orando por você.