quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008




CRIATURA


que nada
o olho que me vê
é tudo fátuo

mergulho
no molho de quem é mato

boca
é como um voyer
mosquito lato
corrompido cântaro

sussurro é aquilo lá
o que me tica

uma conversa conserva
letramento lépido
um cágado viu

sou letra que me fode
uns fragmentos insana
chuleta é vaia

nomesomefomecome
rebrilhas rapto
uma canjica prenha
naco sã frêmito

o mato
só arde
não sente
ele destroça o dente

empurro uma letra para
bem longe
a seta vagabunda
cachorro da grua

no meio da pedra havia um ato
um sacro cheio de Descartes

tótem
rama
afana
importem

trisca em ti
o fétido do til

calhorda canção
de um salto de pó ar.


Cgurgel

Nenhum comentário: