sexta-feira, 19 de setembro de 2008


FUGA

a noite não pensa em ninguém
simplesmente colhe o orvalho dos seus traços
e a rua tão solitária
recolhe os passos por quem nela basta

os vagabundos
só eles
compreendem
o espelho que a noite espalha

é tudo tão pouco
assim
como um felino que por ela trafega
com seus olhos que brilham
iluminando o punhal de um assassino

e a noite
assim tão bela
adormece
e observa
o louco de um ladrão e os seus pertences da alma.

Cgurgel

Um comentário:

Ju disse...

inocente
a noite
me nina...

lindo seu blog.
beijos, beijos!