terça-feira, 28 de outubro de 2008



O SILÊNCIO DO MURO DO JARDIM


aqui
nesse manicômio
animais são como corvos
que se entrelaçam entre tantas bombas e estopins

tudo tão dilacerantemente
espontâneo espantoso
estampido
desse mundo fudido

tudo tão fundido de uma rosa
que naquela esquina explode
de tudo tão de todos apogeus e cadafalsos
e de tantas chuvas de meteoritos que caem
sobre a janela do meu quarto

e nesse silêncio desse muro do jardim
já nada demais de tão obscuro desaconteçe
como só dessa terra já tão pouca
de tanto adubo para tantos corpos tão porcos.

Cgurgel

Um comentário:

Natália Nunes disse...

Suas palavras são muito boas, Carlos.

Parabéns.