sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
SONETO DA PAZ
É preciso deixar o coração
cantar uma canção de amor e paz.
E partir, repartindo madrigais,
entre os homens, famintos de ilusão.
Porque, amanhã, quem sabe? brotarão
flores e frutos, onde agora jaz
essa flora de pedras e calhaus
e os homens todos se compreenderão.
E mesmo, quem me diz que eu, amanhã,
serei ainda o lúcido jogral
que ora tange o alaúde, sem temor?
Por isto, que eu cante esta canção
de amor e paz, um canto universal,
para que nasça e frutifique o amor.
DEÍFILO GURGEL
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