domingo, 6 de janeiro de 2008
BOLA DE FOGO
Molestar o juízo de quem tem pouco
É o mesmo que sair, louco à louco
Distribuindo sandálias, tesouros barrocos
E assim como o vento, que prende e que solta
Vergonha na cara, parece que voce nunca se toca
Eu sei que é difícil, limpar a sujeira da loca
Veja bem como sinto, o que se apresenta agora
É aquela torrente de chuva, de granizo e de espora
Que vem como bicho, comendo tudo, eu vou embora
Sou tresloucado, amuado, sem-vergonha e urgente
Masco o despejo, o que obro, o que cuspo ,e o que é demente
É mesmo uma usina, como se fosse a história da gente
Ressoa no mundo, toda uma seta, uma peregrinação
Que destrói, derruba, acaba, finaliza todo o coração
E eu nem sei do que resta, daquela imagem, daquela canção
Vou indo prá onde? tõ meio cegueta? o vento me cabe?
E antes que pense, que esqueça, que fale e que tudo acabe
São corpos irados, mortos na estrada, nem o Salvador sabe
Só assim vejo o mundo, um vulcão qual pessoa
Que risca do mapa, jangadas, transporte e canoa
Só me resta sonhar, que estou prá lá e prá cá, na boa.
Cgurgel
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