domingo, 3 de fevereiro de 2008
SAPOS
Procuro por sapos
tão resistentes
insistentemente sadios
Nos bueiros
candelabros do porvir
nas catacumbas
esquinas do sorrir
Sapos
tão belos e proféticos
como tumbas
algumas rubras
uma argamassa do sentir
Procuro por sapos
pode ser uma idéia
uma grande guloseima
assim como uma noite que desleixa
No altar que me rege
na cadência de um sono
na virulência de um silêncio
ou simplesmente no mar que me atinge
Procuro por sapos
como se fossem sapatos
andarilhos
estribilhos do asfalto
Uma grande ameixa
tão lânguida de anzóis
Sapos
sapos
e todos os lençois.
Cgurgel
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