domingo, 24 de fevereiro de 2008
CORPO ESTRANHO
eu lapido as palavras
como quem está sempre pronto
para um novo encontro
repleto de guerras e cupins
como quem está sempre atento
como um leve cãntaro
de uma asa que em ti explode
e que boia na boca de um sândalo
como um lacre rodeado de cinzas e pincéis
tâmara de tetos incertos
uma forquilha de mim
um poço de ríspidas vítimas
como a azia de uma ânsia
do lato, latim
um toque tão pobre
feito um nobre esfumaçado
de tanto marfim
um rio sem alça
como um barco,uma barca,uma balsa
sem caça
só
como a lama de uma lâmina
que me chama
e eu encharco.
Cgurgel
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Um comentário:
Muito lindo teu poema,amigo querido...
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